E AÍ, GENTE LINDA!!!
Todos nós já ouvimos falar no PIB, seja na escola ou pelo jornal, mas a pergunta é: você o que de fato é e o que o índice influencia? Conhecer mais um termômetro da economia te ajudará a ter mais ganhos na sua vida financeira, visto que tomará decisões mais assertivas. Bora ver do que se trata?!
O QUE É PIB?
O índice Produto Interno Bruto foi criado em 1930 por um economista russo naturalizado americano, Simon Kuznets. À época, ele usou a demografia e dados estatísticos para entender quais eram os impactos do crescimento da população sobre produtividade da região. Como funcionou a ideia, se espalhou pelo mundo e chegou aqui no Brasil.
Hoje, o PIB é entendido como a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano. Todos os países calculam o seu PIB nas suas respectivas moedas.
O PIB é avaliado de forma trimestral e anual. Os resultados, então, são comparados com o trimestre ou o ano anterior, chegando-se assim ao número que vai indicar ou não o crescimento econômico e de atividade do Brasil.
MAS PARA QUE SERVE O PIB?
O valor absoluto e a taxa de elevação do PIB servem como referenciais importantes do desempenho econômico do país, mas não podem ser vistos como medida de nível de desenvolvimento. Embora o crescimento da economia seja base para a melhoria da qualidade de vida, não é uma condição suficiente. O desenvolvimento se associa à forma como os frutos do crescimento são distribuídos na sociedade e aos impactos positivos que manifestam no ambiente.
Desde a década de 1990, a ONU usa um índice mais abrangente para avaliar a qualidade de vida: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Isso porque, além da variável econômica, este índice considera ainda a longevidade e a escolaridade da população.
O crescimento do PIB está relacionado com a ascensão da economia. Quanto maior o PIB, maior é a renda de um determinado lugar, portanto, por vezes, o PIB está relacionado com a qualidade de vida. E se uma economia cresce, cresce também a oferta de trabalho, visto que houve aumento da demanda a ser atendida.
Mas é importante para os órgãos competentes tomarem decisões mais assertivas para o nosso futuro econômico.
A partir da performance do PIB, pode-se fazer várias análises, tais como:
- Traçar a evolução do PIB no tempo, comparando seu desempenho ano a ano;
- Fazer comparações internacionais sobre o tamanho das economias dos diversos países;
- Analisar o PIB per capita (divisão do PIB pelo número de habitantes), que mede quanto do PIB caberia a cada indivíduo de um país se todos recebessem partes iguais, entre outros estudos.
Vale ressaltar que o PIB está relacionado com o nível de desenvolvimento econômico, mas não com o desenvolvimento de um determinado local como um todo.
Também é usado como uma das variáveis importantes para a realização do cálculo do salário mínimo do Brasil.
COMO O PIB É CALCULADO?
O Produto Interno Bruto é calculado de acordo com a produção total de bens e serviços do local. No caso do Brasil, ele é o resultado da soma de toda a produção nacional. O valor que os produtos recebem é calculado pela subtração do custo total de produção e do preço de venda. Dando um exemplo você entenderá melhor: se um produto custou R$ 10 mil e ele foi repassado às lojas por R$ 15 mil, o valor dele no PIB é de R$ 5 mil. Por isso, A fórmula mais conhecida é a da demanda. Veja só:
PIB = C + I + G + (X – M)
Onde:
C - consumo das famílias em bens e serviços;
I - despesa com investimentos que as empresas fizeram (privadas ou governamentais). Geralmente reflete a percepção das empresas sobre o cenário econômico, pois diz respeito a investimentos como a ampliação de fábricas ou a compra de equipamentos para expandir a produção;
G - gastos do governo em bens e serviços. Tudo aquilo que o governo gasta com o salário dos funcionários públicos, programas sociais como o Bolsa Família, a previdência social e os investimentos governamentais em estradas e habitação, por exemplo, entra neste cálculo;
X - despesa com exportação por meio dos estrangeiros;
M - despesas com importação efetuadas pelos agentes na economia. As importações pode aparecer em outras fórmulas como " Q ". As importações (Q) aparecem na fórmula como uma dedução das despesas dos agentes em produtos e serviços que se originam no estrangeiro e não contam como produto do país.
(X – M): balança comercial – Trata-se do cálculo das exportações menos as importações.
O cálculo do PIB considera os bens e serviços finais, o que significa que não se leva em consideração o ferro utilizado na produção de um carro, por exemplo, mas sim o carro em si.
Para se calcular o PIB, ainda é possível analisar tanto o lado da oferta de bens e serviços como o lado da renda ou rendimento. É importante notar que qualquer que seja o cálculo o resultado do PIB é o mesmo. Mas essa divisão é importante para analisarmos a situação da economia por mais dois pontos de vista distintos.
O cálculo pela ótica da oferta/riqueza
O cálculo do PIB pelo lado da oferta é baseado naquilo que é produzido, bastando totalizar a soma das riquezas de cada um dos três setores no período:
Indústria + Serviços + Agropecuária
O cálculo pela ótica da renda
Nesta ótica se consideram os rendimentos que foram gerados e distribuídos aos agentes da economia durante o período. Com a produção das empresas, por exemplo, fatores são remunerados e geram rendimentos por meio de salários aos trabalhadores.
PIB = S + R + L + J + A + (T - Z)
São considerados neste cálculo:
S - rendimento por meio de salários;
R - rendimento por meio de arrendamentos;
L - rendimento de lucros;
J - rendimento atribuído a juros;
A - rendimento por meio de amortizações;
T - rendimento ao Estado por meio de impostos indiretos, deduzidos dos subsídios á produção (Z).
Nas contas, são incluídos dados estatísticos de empresas, pessoas físicas, investimentos públicos e privados, além de importações e exportações. A responsabilidade pelo cálculo é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Como alguns dados de empresas privadas são sigilosos e somente enviados diretamente ao IBGE, o cálculo exato somente será feito pela instituição. Conheça algumas fontes de dados para os cálculos:
- Balanço de Pagamentos (Banco Central)
- Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ (Secretaria da Receita Federal)
- Índice de Preços ao Produtor Amplo - IPA (FGV)
- Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA (IBGE)
- Produção Agrícola Municipal - PAM - (IBGE)
- Pesquisa Anual de Comércio - PAC (IBGE)
- Pesquisa Anual de Serviços - PAS (IBGE)
- Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF (IBGE)
- Pesquisa Industrial Anual - Empresa - PIA-Empresa (IBGE)
- Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física - PIM-PF (IBGE)
- Pesquisa Mensal de Comércio - PMC (IBGE)
- Pesquisa Mensal de Serviços - PMS (IBGE)
Muitas fontes, né? Isso porque são apenas algumas, viu!
COMO FUNCIONA O PIB?
O PIB mede somente bens e serviços finais para evitar erros de contagem. Inclusive, a medição é feita no preço que chega ao consumidor. Sendo assim, levados em consideração também, os impostos sobre os produtos comercializados. Por isso, o índice não é o total da riqueza existente no país, é um indicador de fluxo de bens e serviços finais novos que foram produzidos durante um período.
Se não houver nenhuma produção, o PIB será nulo. No caso de queda da atividade econômica do país em um período determinado, o PIB naturalmente vai cair também (e vice-versa).
Caso o crescimento econômico seja negativo, chamamos de recessão.
A estagflação é uma recessão (ou estagnação) conjugada com aumento do nível de preços, ou seja, inflação. A estagflação é um dos piores tipos de crise: o desemprego fica alto e o poder de compra dos salários é corroído pela inflação, afetando duplamente o nível de bem-estar da população.
O PIB do Brasil em 2019, por exemplo, foi de R$ 7,3 trilhões. No último trimestre divulgado (1º trimestre de 2020), o valor foi de R$ 1 803,4 bilhões.
PIB NOMINAL X PIB REAL X PIB PER CAPITA
PIB Nominal
Calculado a partir de preços e valores (preços correntes) de serviços e produtos no momento da produção do ano em que o produto for produzido e comercializado. O PIB nominal considera que há variações nos preços mediante a inflação ou deflação.
PIB Real
Mede os preços constantes de um produto ou serviço, desconsiderando a inflação. Porque o efeito da inflação sobre o PIB pode passar uma falsa ideia de crescimento da atividade econômica. É o mais utilizado pelos economistas.
PIB per capita
Representa o que cada pessoa do local analisado teria do total de riquezas que são produzidas no país. Sendo assim, o PIB é dividido pelo número de habitantes da área, indicando o que cada pessoa produziu. O PIB per capita é considerado, de certa forma, um indicador do padrão de vida.
É importante dizer que, se um país ou um determinado lugar possui um PIB elevado, mas tem muitos habitantes, o PIB per capita será baixo, mas isso nem sempre significa que o país possui uma má qualidade de vida. O mesmo acontece para países com PIB médio, como a Noruega. Por não ser um país muito populoso, o PIB per capita acaba sendo elevado.
É válido ressaltar que países que apresentam elevados PIB per capita tendem a apresentar maiores Índices de Desenvolvimento Humano, visto que o crescimento da renda é proporcional à qualidade de vida. Porém, muitos estudiosos preferem não utilizar o PIB como um determinante da qualidade de vida, já que ele não leva em consideração a distribuição desigual da renda.
MAS QUAL É A DIFERENÇA ENTRE PIB E PNB???
O PIB diferencia-se do Produto Nacional Bruto (PNB) quanto ao que se considera o 'espaço econômico' e os 'agentes da economia' do país ou região.
Para o PIB é considerada a produção dentro do território econômico, não importando se veio de empresas multinacionais instaladas no país.
Diferentemente, o PNB considera a produção vinda de agentes econômicos do país, mesmo para empresas de bens e serviços que estejam instaladas em outros países.
No caso do Brasil, por exemplo, o PIB quantifica a riqueza gerada por todos aqueles que residem no país, independente da nacionalidade, enquanto o PNB evidencia a riqueza gerada pelos agentes nacionais, independente de onde produzem.
IMPACTO DO PIB NOS SEUS INVESTIMENTOS
Embora tenha um papel importante na economia, ele não pode ser avaliado isoladamente quando o assunto é investimento. Isso porque as variações do PIB têm consequências na inflação e na taxa de juros, a Selic.
Caso as condições estejam favoráveis e o PIB suba, há expectativa de aumento dos preços (inflação). Neste caso, o Banco Central pode optar por aumentar a taxa de juros para conter as pressões inflacionárias.
No lado contrário, se o PIB mostra contração, o consumo sofre efeito similar e começa a cair. Neste caso, o BC tende a diminuir os juros para que o crédito fique barato para estimular o consumo.
Em momentos de economia em alta e taxas de juros estáveis, os setores geralmente estão se desenvolvendo. Este, então, é um cenário bom para que as empresas invistam e aumentem a fatia de mercado.
É um bom momento para aplicação em renda variável e fundos. Isso levando-se em conta que as empresas escolhidas estejam consolidadas para o médio e longo prazo.
Vale ressaltar que o cenário contrário também acontece, também com os efeitos contrários.
Atenção: A imagem ilustrativa de capa foi retirado do Google Images Free e modificada por mim (@by.amandaoliveira). Se a imagem estiver protegida com Direitos Autorais e/ou se você for o autor, entre em contato comigo e eu terei o prazer de creditá-la. Leia o Atenção e o Disclaimer do Blog.
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