O que é a TAXA DI (depósitos interfinanceiros), como CALCULAR e como ME IMPACTA? - By Amanda Oliveira Blog

O que é a TAXA DI (depósitos interfinanceiros), como CALCULAR e como ME IMPACTA?

Publicado em 06/08/2020

E AÍ, GENTE LINDA!!!

Você já ouviu falar do indicador de juros "Taxa DI"? Não??? Mas tenho certeza que você já teve contato com ele!!! Continue lendo este conteúdo e você entenderá porque é importante saber do que se trata!!!


O QUE É DI?
A taxa DI - também chamada de taxa CDI (Certificado de Depósito Interbancário ou Certificado de Depósito Interfinanceiro) - é uma taxa de juros que acompanha de perto a taxa básica de juros (Selic), sendo praticadas nos empréstimos entre instituições financeiras, pois é um número de referência utilizada para juros e rentabilidade.

A taxa DI é uma das taxas de juros praticadas nos empréstimos entre instituições financeiras. Todos os dias, bancos que ficam com o caixa negativo podem recorrer ao mercado interbancário para fazer empréstimos com os bancos que têm sobra de caixa - essa operação é registrada junto à CETIP (Central de Custódia e Liquidação de Títulos Privados). Isso ocorre porque as instituições financeiras não podem terminar o dia com caixa negativo. Trata-se de uma medida de segurança, para manter o sistema financeiro saudável e estável. 

Apenas instituições financeiras participam do mercado interbancário, que também não sofre a incidência de impostos.

Há duas formas básicas para os bancos tomarem dinheiro no mercado interbancário: os DIs (Depósitos Interbancários) e as operações compromissadas.  

Os DI são similares aos Certificados de Depósito Bancário (CDBs), títulos de renda fixa muito populares entre as pessoas físicas. A diferença é que apenas bancos podem comprar os CDIs. A taxa DI ou CDI corresponde à média das taxas de juros dos depósitos interbancários com prazo de um dia. Ou seja, é a remuneração média paga pelos bancos tomadores aos bancos emprestadores. CDI, portanto, é o nome do título e também da taxa de juros. A taxa CDI varia diariamente, mas costuma ser expressa como um percentual anual.

Quando avaliamos várias opções de investimento oferecidas por bancos e corretoras, elas podem ser expressas em porcentagem do que se estabelece como taxa de juros nos CDIs, isto é, porcentagem da Taxa DI. Então, quando um banco oferece aos seus clientes uma opção de investimento pré-fixado, ele pode dizer, por exemplo, que há um rendimento de 110% da Taxa DI (ou, o que é mais comum, 110% do CDI). Isso significa que o investimento rende 10% a mais do que a Taxa DI. Suponha que a Taxa DI esteja em 4,5% ao ano; nesse caso, o rendimento dessa opção de investimento é de 4,95% ao ano.

As operações compromissadas são semelhantes. Mas, nesse caso, os bancos que tomam dinheiro colocam os títulos públicos que têm em carteira como garantia do empréstimo. 

Em outras palavras, os DIs têm, em tese, maior risco, já que não contam com garantias. Já as compromissadas são mais seguras, pois caso o banco tomador venha a quebrar, a instituição emprestadora fica com seus títulos públicos.

A taxa de juros média das operações compromissadas é a chamada Selic efetiva, uma taxa que normalmente difere da Selic meta, estabelecida pelo Banco Central. Todos os dias, o BC trabalha para que a Selic efetiva convirja para a meta, mas não é preciso entrar em detalhes sobre isso aqui.


ENTENDA DE UMA VEZ, A DIFERENÇA ENTRE CDI, TAXA DI E SELIC
O CDI é a taxa de um determinado Certificado de Depósito Interbancário feito. Por sua vez, o DI é a média ponderada de todos esses empréstimos interbancários feitos.

A Selic por ser a taxa básica de juros de nossa economia, a serve como medida para os juros dos CDI’s praticados pelos bancos, fazendo com que estes a acompanhe.

Com isso, a taxa DI, naturalmente, também acompanhará as mudanças dos juros da economia brasileira, definidas pelo Copom.

Portanto, estas três taxas, apesar de diferentes, estão completamente relacionadas; a Selic define o juro da economia. Este, por sua vez, definirá o CDI, que consequentemente determinará a taxa DI por meio de uma média ponderada.


MAS QUEM CALCULA A TAXA?
A taxa DI é calculada diariamente pela CETIP - B3 (empresa oriunda da integração entre Cetip e BM&BOVESPA) - que calcula a média das taxas de juros praticadas em todas as operações que geram CDI. Assim, a porcentagem indicada é a média ponderada de todos os certificados do dia, que serve como referencial de rentabilidade.

Metodologia de apuração da Taxa DI
Conforme já foi explicado, é calculada como uma média das taxas de juros em empréstimos interbancários e a metodologia para essa apuração é muito detalhada e rigorosa. Basicamente, a Taxa DI é apurada em duas etapas:

Na primeira, é selecionada a amostra elegível, isto é, as operações válidas para o cálculo. Para selecionar a amostra elegível, existem critérios determinados pela CETIP. Dois deles são: empréstimos com prazo de um dia (contado em dias úteis, com exceção de datas que antecedem feriados nacionais e locais) e realizados extra-grupo. Outro critério importante é que só entram no cálculo as operações que aplicam taxas prefixadas de juros.

Na segunda, é realizado o tratamento dos outliers – termo da Economia para designar valores atípicos, aberrantes. Para o tratamento dos outliers, é importante ter em mente que, no mercado de CDIs, volume e taxa de juros estão fortemente relacionados. Suponha que um banco tem um grave problema de liquidez e precisa rapidamente de um empréstimo muito grande; ele provavelmente estará disposto a aceitar uma taxa de juros mais alta. Por esse motivo, o tratamento dos outliers é uma questão delicada. Não é porque uma certa operação teve uma taxa de juros muito fora da curva, que ela deve ser desconsiderada no cálculo da Taxa DI.  

Você pode consultar a evolução da taxa, conferindo a série histórica do DI, consultando os índices diários desde março de 1986. Também é possível selecionar os itens Média, Mínima, Máxima, Moda, Desvio Padrão e Taxa Selic. Se quiser avaliar a rentabilidade de um investimento de renda fixa utilizando a taxa DI como referência, você também pode usar a Calculadora de DI. Nela, você conseguirá calcular o fator de DI acumulado entre duas datas, e tem direito a até 10 cálculos diários (5 cálculos com 6 casas decimais de precisão e 5 cálculos com 2 casas decimais de precisão).


O QUE É TAXA DI HOJE E TAXA DI HISTÓRICA?
A Taxa DI Hoje refere qual é o valor da data no dia atual. Porém, quando você faz um investimento cuja referência de rendimento é essa taxa, o que interessa não é o valor em uma data específica, mas o acumulado ao longo do tempo.

Por isso, é importante calcular a Taxa DI Histórica, que reflete justamente o valor acumulado em um determinado período. Para descobrir qual é esse valor, utilize da calculadora da B3. Basta inserir uma data inicial e uma data final, para obter o valor da Taxa DI Histórica


QUAL É A IMPORTÂNCIA DA TAXA DI?

A taxa DI é um dos principais benchmarks do sistema financeiro brasileiro. Ela facilita várias questões que envolvem tanto o investimento em renda fixa, quanto em renda variável, como, por exemplo:
  • O entendimento do investidor sobre a rentabilidade de um investimento;
  • A análise dos profissionais de mercado e dos investidores sobre determinado produto financeiro;
  • A comparação da rentabilidade de diferentes classes de ativos financeiros.
Além disso, a taxa DI pode servir também como custo de oportunidade para avaliações da viabilidade de investimentos que necessitam de um custo de capital para análise. Por isso, ela é fundamental para os investidores e para a indústria de investimentos em geral.

Um benchmark é um índice de referência usado para avaliar o desempenho de uma aplicação.

Importância da taxa DI para a renda fixa
A taxa DI representa a média diária de juros cobrados em depósitos interfinanceiros, ou seja, empréstimos entre bancos e para manter o equilíbrio entre os saldos, os bancos recorrem aos Certificados de Depósito Interbancários (CDI), como vimos anteriormente. Os investimentos (renda fixa) atrelados ao CDI são muito conhecidos pela rentabilidade e serve de benchmark para investimentos como o CDB (Cer
tificado de Depósito Bancário), LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio).

Assim, essas aplicações normalmente rendem uma porcentagem específica do CDI (no caso, da taxa de DI). Por isso, ao escolher seus investimentos de renda fixa, um dos critérios mais importantes é avaliar se o título rende 90%, 100% ou 120% do CDI, por exemplo. Mas, lembro você que a taxa DI muda diariamente e acompanha de perto a Selic (a taxa básica de juros do país), ficando levemente abaixo. Então, para avaliar se um investimento vale a pena, você deve acompanhar de perto a taxa de DI e comparar a rentabilidade de diferentes ativos financeiros.

Uma curiosidade é que a DI também é conhecida como “a taxa livre de risco brasileira”, pois garante retorno com o mínimo de risco possível.

Atenção: As imagens ilustrativas foram retirado do Google Free Images e outras contidas aqui neste conteúdo são de minha e única autoria (@by.amandaoliveira). Leia o Atenção e o Disclaimer do Blog na barra lateral direita.

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TAXA DE CÂMBIO: O QUE É, COMO ACOMPANHAR E COMO CALCULAR?

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