E AÍ, GENTE LINDA!!!
Tanto vemos e ouvimos falar sobre o índice IPCA mas muita gente não entende do que se trata, não é mesmo? Mas para nós que vamos investir, precisamos saber que ele é utilizado, por exemplo, pode ser usado como uma das taxas de referência para a remuneração de outras modalidades de investimentos. Ao mesmo tempo, o IPCA está atrelado a outras variáveis da economia, entre elas a taxa Selic, o que pode trazer reflexos diretos na remuneração de aplicações. Por isso, o índice é muito importante para os investidores!!!
O QUE É O TAL DO ÍNDICE IPCA?
O IPCA é um índice elaborado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), desde 1980. É considerado o termômetro oficial da inflação (ou deflação) no Brasil. Ele reflete o custo de vida e o poder de compra da população no país, observando também a variação dos preços no comércio.
Na prática, o IPCA mede mensalmente a variação nos preços de uma série de produtos e serviços comercializados no varejo e compara os números obtidos com os dados do mês anterior. A variação identificada nessa equação é a inflação do mês em questão.
PARA QUE SERVE O IPCA?
Lembra que eu disse que é considerado o termômetro oficial da inflação ou deflação? Então, um país em condições normais deve registrar alguma inflação em sua economia, mesmo que mínimo, isso significa que os salários estão aumentando e que os produtos estão ficando mais caros.
Quando temos uma economia sem inflação (zero) ou negativa (deflação) isso pode ser sinal de uma economia em queda de atividade.
Afinal, a procura (ou demanda) pode estar sendo inferior a oferta. Algo tão problemático quanto a inflação alta, pois uma economia que não cresce gera sérios problemas sociais, a começar pelo desemprego.
Uma das entidades que fica de olho no IPCA e toma certas atitudes para influenciar no índice, é o Banco Central. Por meio da taxa de juros (a taxa Selic), o depósito compulsório, a taxa de redesconto e outros instrumentos de política monetária, o Banco Central consegue influenciar o consumo do país, e assim, reduzir de forma indireta as eventuais oscilações da inflação. O IBGE realiza coleta os dados e realiza os cálculos do IPCA, enquanto o Banco Central pode verificar quais são as atitudes que deverão ser tomadas para proteger o valor da nossa moeda.
COMO FUNCIONA O CÁLCULO DO IPCA?
O índice IPCA é calculado com base em uma cesta que considera cerca de 350 diferentes itens como: alimentação e bebidas, vestuário, habitação, transportes, saúde e educação. Essas vertentes, por sua vez, são divididas em mais de 400 subcategorias. Cada produto tem um peso dentro do cálculo e, assim, se consegue extrair uma média. Desse modo alcançamos o IPCA do período.
O universo pesquisado abrange famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas das seguintes cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia e Campo Grande, além do Distrito Federal.
O período de coleta do IPCA vai do dia 1º ao dia 30 ou 31, dependendo do mês. A pesquisa é realizada em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios (para verificar valores de aluguel) e concessionárias de serviços públicos. Os preços obtidos são os efetivamente cobrados ao consumidor, para pagamento à vista.
O IPCA é calculado todo mês, mas além do próprio índice, o IBGE ainda trabalha com outros que são similares, por exemplo, IPCA-15, IPCA-E, IPP, SINAPI etc e servem como complemento ao estudo da inflação.
Sem falar que ainda existem as prévias do IPCA, ou o cálculo baseado nos primeiros 15 dias do mês. Tudo isso serve como base para a população, o Governo Federal e o Banco Central se manterem atentos à evolução da inflação.
ONDE CONSULTAR O ÍNDICE IPCA?
A variação e o histórico do IPCA podem ser consultados por meio do site do IBGE (www.ibge.gov.br).
IPCA X INFLAÇÃO ACUMULADA
Além do IPCA, há outras formas de mensurar o efeito do sobe e desce dos preços em um determinado período, uma delas é a chamada inflação acumulada.
o IPCA acumulado nada mais é do que a soma das taxas de inflação registradas dentro de um determinado período. Assim, é uma análise de um período para avaliar as possíveis consequências da oscilação que acontece nos preços a longo prazo, ou seja, no futuro. Pode ser ao longo de um ano fiscal (de janeiro a dezembro) ou relativo a um período qualquer de 12 meses consecutivos, como de março de 2019 a fevereiro de 2020, por exemplo.
COMO CALCULAR O IPCA ACUMULADO?
O IPCA acumulado consiste na média dos IPCAs dos meses considerados. Por se tratar de uma taxa de juros, ele é uma média ponderada. Caso você não queira calcular de forma manual, há uma forma de saber o seu resultado de forma rápida e eficiente; através da Calculadora do Cidadão do Banco Central (BC). Super fácil de usar!!!
Basta selecionar o índice de interesse (nesse caso, o IPCA), definir o período de interesse, por exemplo, de 01/2019 até 01/2020.
Agora, é preciso informar o valor a ser corrigido, digamos que seja R$ 100,00. O resultado foi este:
Fonte: Calculadora do Cidadão. 03/agosto/2020.
Ou seja, nestes 12 meses, para o meus R$100,00 valer o que valia há um ano, hoje eu precisaria de R$104,53!!!
O QUE SIGNIFICAM AS VARIAÇÕES DO IPCA?
Em termos práticos, quando o IPCA sobe, os itens de consumo do dia a dia costumam sofrer uma elevação de preço, gerando a inflação no período. Ou seja, quando o IPCA sobe, é preciso de mais dinheiro para poder comprar a mesma coisa, ou seja, cai o poder de compra. Por isso, costuma-se ajustar o salário mínimo e as remunerações. É uma tentativa de equilibrar a balança.
Caso no mês seguinte o índice seja menor, não significa que haverá redução nos preços, a deflação. Na verdade, isto representa que os preços subiram menos do que no mês anterior. Somente se o IPCA for negativo é que teremos deflação, ou seja, a diminuição nos preços.
MAS O QUE FAZ OS PREÇOS E O IPCA SUBIREM?
O Estado é um dos principais desencadeadores da inflação. De acordo com ele, os produtos e serviços podem ser reajustados, ou seja, o índice IPCA oscila mensalmente.
Contudo, entenda que os produtos e serviços são precificados pela lei da oferta e demanda. Isto é, se algo tem muita procura, mas pouca disponibilidade, o preço dele sobe. Do contrário, ele tende a cair. Como o IPCA é calculado com base em uma cesta com cerca de 350 itens, a variação é causada por fatores como resultado de safras, cotação do dólar, clima, custos de produção e de mão de obra. Portanto, esse indicador é apenas uma média do quanto o seu dinheiro valorizou ou desvalorizou no período. Provavelmente, haverão produtos que não sofreram muita oscilação de preços.
Outro fator que também leva à alta do IPCA é a quantidade de dinheiro em circulação. Quando a economia está muito bem, com alto consumo e renda, terá mais moeda no mercado. Caso essa quantia não seja controlada, o valor do IPCA geral deve cair, ou seja, o dinheiro perde poder de compra. Por isso, o Banco Central estipula a meta de inflação. Através dela, ele utiliza mecanismos de controle para conter o avanço dessa desvalorização.
Autoria não identificada.O valor do dinheiro hoje, não é o mesmo de um mês atrás.
OS OUTROS ÍNDICES E SUA RELAÇÃO COM O IPCA
O IPCA não é o único índice para a inflação. Muitas vezes, ele é influenciado por outros índices ou possui indicadores subjacentes, que são utilizados como fator de comparação ou para precificar outras áreas, como aluguéis e os juros base da economia. Veja alguns:
IPCA X Selic (taxa básica de juros)
A partir do IPCA, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) verifica se o Governo Federal atingiu ou não as metas de inflação.
De acordo com o resultado do IPCA, o Copom pode baixar, manter ou elevar a taxa de juros do Brasil – a taxa Selic. Essa taxa define quanto o Governo pagará de juros ao pegar dinheiro emprestado do mercado.
A taxa Selic é o principal mecanismo de controle do IPCA no Brasil. Portanto, quando há muito dinheiro em circulação, ela sobe, com o objetivo de frear a inflação.
Quando esse índice cai, pode-se entender que o BC ofereceu um incentivo para aumentar o consumo. Assim, as demais taxas de juros tendem a baixar.
Como o IGPM afeta o IPCA?
O Índice Geral de Preços do Mercado, ou IGPM, é um indicador estabelecido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O objetivo de cálculo é o mesmo: medir a variação dos preços ao consumidor final. Basicamente, esse índice tem influência sobre o IPCA, no sentido de que ele é a taxa principal para o reajuste e precificação dos aluguéis.
Então, se ele subir, os valores dos aluguéis também devem acompanhá-lo. Por entrar no cálculo do IPCA, este tende a aumentar.
IPCA X INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também é calculado mensalmente pelo IBGE, com diversos itens também monitorados pelo IPCA.
Sua principal diferença é que ele considera famílias com renda de até 5 salários mínimos mensais, ou seja, o comportamento dos preços para as famílias com menor poder aquisitivo. Assim, o INPC é utilizado para reajustes salariais, que é um fator muito importante para a classe dos trabalhadores.
O que é o IPCA-15?
O "IPCA-15" nada mais é do que uma prévia do IPCA.
Ele é utilizado para o reajuste do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Ao contrário do IPCA, ele é medido a partir do meio do mês, do dia 16 ao dia 15 do mês seguinte. O IPCA-E é o acumulado trimestral do IPCA-15.
E o IPC-Fipe?
O Índice de Preços ao Consumidor, calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas - FIPE, mede a variação de preços no Município de São Paulo. Ele aponta a variação do custo de vida médio de famílias com renda de 1 a 10 salários mínimos.
Onde entra o IPP?
É voltado para a indústria e mede a variação de preços de venda recebidos pelos produtores de bens e serviços. Sua sigla corresponde ao Índice de Preços ao Produtor.
O que é SINAPI?
É produzido em conjunto com a Caixa Econômica Federal - Caixa e mede a variação de preços para o setor habitacional e de construção. Sua sigla corresponde ao Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil.
COMO ESTE ÍNDICE IPCA PODE AFETAR MINHA VIDA DE INVESTIDORA(O)?
Mesmo quando temos uma inflação relativamente baixa, o que torna o impacto do IPCA sobre as nossas vidas menos visível, ele está ali, ajustando os preços em todas as nossas compras e afetando até mesmo a rentabilidade dos investimentos.
Na hora de investir, é fundamental entender que todas as modalidades de aplicações são, direta ou indiretamente, impactadas pelo IPCA.
O índice é o balizador das políticas monetárias do governo e, por consequência, influencia decisivamente na variação da inflação. E, como regra básica, todo investidor deve acompanhar essas taxas.
Nessas categorias, a rentabilidade será resultado da variação desse índice mais o retorno da taxa predefinida no momento da contratação do título. Entre as opções à disposição do investidor estão, por exemplo, o Tesouro IPCA+ e o Tesouro IPCA com juros semestrais. As alternativas incluem ainda modalidades como a Letra de Crédito Imobiliário (LCI), a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), os fundos de investimento e outros. Mas, observando bem, todos os investimentos são afetados pelo IPCA. Você, como investidor brasileiro, precisa garantir que a sua rentabilidade seja pelo menos superior à inflação do período.
O ganho real, ou seja, deduzida a inflação, taxas e tributos, precisa ser calculado na compra de qualquer ativo. Imagine conseguir um ótimo investimento, mas que, no final, fazendo as contas, faz você perder dinheiro? Esse é o caso da poupança. Todo o investimento precisa, no mínimo, acompanhar a inflação para garantir o seu poder de compra.
Veja alguns ativos que são afetados positivamente pela alta do IPCA.
- Tesouro Direto
Entre as opções do Tesouro Direto, o Tesouro Selic é o título público mais popular por sua segurança e rentabilidade, fazendo com que diversos investidores troquem a poupança e até outros investimentos. A segurança se deve ao Tesouro Nacional, que emite os títulos. Dessa forma, ao investir no Tesouro, você estará emprestando dinheiro ao Governo. E, assim, é praticamente impossível ficar sem receber juros por isso. Existe uma variedade de títulos do Tesouro, mas vamos falar aqui só do Tesouro Selic e ao Tesouro IPCA+.
O Tesouro Selic traz rendimentos de acordo com a taxa básica de juros, enquanto o IPCA+ paga o índice no período acrescido de uma taxa fixada. Ambos são ótimos e podem ser utilizados para curto prazo. O Tesouro Selic tem vantagem por sua liquidez diária.
O QUE É IPCA+?Como é um índice que acompanha as variações de inflação, ele pode ser utilizado para ser atrelado à rentabilidade de investimento como renda fixa. A este índice pode ser adicionada uma taxa fixa anual. Por exemplo: no caso do IPCA+ 5%, a taxa de rentabilidade prometida seria o índice IPCA do período mais a taxa fixa combinada de 5%. Esse tipo de investimento garante uma rentabilidade real acima da inflação. Com isso, protege o investidor de oscilações na economia no período em que o dinheiro está investido.
- Fundos de Investimento
Outra ótima aplicação, que pode seguir os índices macroeconômicos, são os fundos de Investimento, que destinam a maior parte do capital em renda fixa.
Eles funcionam como um condomínio, no qual diversos investidores confiam o seu patrimônio a um administrador, que faz a gestão e alocação do capital.
Existem diversos tipos de fundos, mas, em geral, eles buscam retornos acima do CDI. Trata-se de um investimento conversador, de baixo risco.
- Letra de Crédito Imobiliário (LCI)
As LCIs são muito semelhantes aos CDBs dos bancos. Eles são títulos emitidos pelas instituições para dar créditos a segmentos específicos, como o imobiliário nesse caso. Assim como os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), o seu rendimento é baseado no CDI, um índice que costuma seguir de perto a Selic.
O CDI é o índice de juros que um banco paga ao outro quando pega dinheiro emprestado para fechar o seu caixa. Essa é uma operação que acontece diariamente.
Percebeu como é importante compreender o que é o Índice IPCA? Isso porque ele é a base para as políticas econômicas e monetárias instituídas pelo governo para controlar a inflação. Isso se reflete em questões como a redução ou elevação da taxa básica de juros da economia, a Selic. E também, como a remuneração de títulos como Tesouro Direto IPCA+, LCI e LCA está atrelada ao IPCA, ela acaba sendo um ponto positivo por conta da sua rentabilidade mesmo em momentos com as oscilações na economia do país.
Atenção: As imagens ilustrativas foram retirado do Google Images Free, porém algumas com autorias não identificadas e outras, são de minha e única autoria (@by.amandaoliveira). Leia o Atenção e o Disclaimer do Blog na barra lateral direita.
OLHA ISSO:
> O QUE É IGP; IGP-M, IGP-DI E IGP-10?
Gostou do post? Me conta: o que você entendia por IPCA??? Você investe em que??? Me conta tudo!!! Vou amar ler e responder!!!
> O QUE É IGP; IGP-M, IGP-DI E IGP-10?
Gostou do post? Me conta: o que você entendia por IPCA??? Você investe em que??? Me conta tudo!!! Vou amar ler e responder!!!
Quer aparecer nas minhas REDES SOCIAIS? Use a Hashtag #Amandaincentiva .
Assine gratuitamente minha NEWSLETTER na barra lateral direita do blog e receba conteúdos via e-mail. Claro que você pode DESFAZER a inscrição com facilidade depois!!!
Não se esqueça de COMPARTILHAR este conteúdo em suas redes sociais e ME SEGUINDO por lá, você fica por dentro de mais conteúdos como este!!
BEIJOS E ATÉ MAIS!!!
#indiceIPCA #inflacao #investimentos #paraqueserve #comocalcular #IPCAindex #inflation #investments #whatisitfor #howtocalculate #inflacion #inversiones #paraquesirve
Este conteúdo faz parte da web série post "Passos para um(a) Investidor(a) Iniciante", #p10
Nenhum comentário:
Postar um comentário